CONTEXTO
Polarização marcou debate eleitoral e temas como equidade de gênero e raça foram colocados em cheque
A expectativa é que a BNCC chegue a um modelo capaz de:
• atrair o jovem para as salas de aula
• mantê-lo na escola
• estimulá-lo a completar esse ciclo de aprendizagem no tempo e idade esperados
O debate eleitoral, caracterizado por uma forte polarização ideológica, marcou 2018. Temas como equidade de gênero e raça foram confrontados por forças conservadoras, contrárias aos avanços de uma agenda focada nos direitos humanos e na democratização das oportunidades. Esse embate se deu em diversos campos, inclusive na educação, e pouco contribuiu para a qualificação do debate.
Um outro marco importante foi a definição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio. Em dezembro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou o documento em sessão extraordinária. A aposta é que a possibilidade de flexibilização das trajetórias atenda à diversidade de interesses dos jovens e promova uma formação mais alinhada às demandas do século 21.
Todas essas mudanças se deram em meio a muitas divergências, mas impulsionadas pelo consenso de que é urgente alterar o cenário atual dessa etapa da educação. Segundo os resultados do Ideb 2017, ficou claro que o Ensino Médio (rede pública) está estagnado, mantendo os mesmos 3,5 da medição anterior.
Na contramão desse contexto, alguns estados – três deles parceiros do Jovem de Futuro – vêm obtendo avanços relevantes no indicador e confirmam que a gestão focada em resultados de aprendizagem é uma estratégia capaz de contribuir para melhoria da educação.