O texto mostrou o crescimento na quantidade de imigrantes matriculados na educação básica do país, de acordo com dados tabulados pelo Instituto Unibanco a partir do Censo Escolar: em um período de 9 anos, o número mais que duplicou. O grande desafio de gestores das escolas que recebem esses(as) estudantes é promover sua integração, já que não há orientações oficiais de caráter pedagógico ou relacionadas ao acolhimento, tendo em vista as diferenças culturais e linguísticas existentes.

Um estudo do Núcleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares da Universidade Federal de Minas Gerais (Nupede/UFMG), realizado com base nos resultados da Prova Brasil entre 2005 e 2013, revelou que essa desigualdade entre meninos e meninas nas notas de Matemática vem crescendo. Esse cenário foi confirmado por outra análise, feita sobre os dados do Enem: embora as meninas representem a maioria dos candidatos no exame, os meninos apresentam desempenho médio 41,8 pontos superior em relação ao delas.

Um dos destaques desse tema, em 2018, foi a edição 42 (Fake news evidencia a importância da educação para a mídia), sobre fake news, assunto que foi amplamente debatido durante o período eleitoral. O boletim, um dos mais compartilhados no ano, apresentou algumas graves consequências da disseminação de notícias falsas, em especial por aplicativos de mensagens e pelas redes sociais. E, também, um dado preocupante: segundo a pesquisa TIC Kids Online 2016, 31% dos usuários brasileiros de internet com idade entre 11 e 17 anos não são capazes de identificar se uma notícia é falsa.

Apesar do surgimento de diversas agências jornalísticas de checagem para combater as fake news, especialistas apontam que a ação mais importante é promover a educação para a mídia e incluir esse tema nas escolas para formar uma geração mais crítica em relação às informações que recebem, seja por qual meio for.

A edição 41 (Educação Física: muito além da recreação) mostrou como a prática de esportes ajuda a aumentar a capacidade de raciocínio de crianças e adolescentes e a melhorar seu desempenho acadêmico, além de estimular o desenvolvimento de habilidades emocionais e de relacionamento. Por isso, o Unicef recomenda seu uso como ferramenta educacional.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) também ressalta a importância da escola para a promoção da integração entre atividade física, atividade mental e experiência corporal. O boletim foi o mais comentado e um dos mais compartilhados no ano no Facebook do Instituto Unibanco.

Essa é um desejo não apenas de jovens, mas também uma demanda do mercado, já que cada vez mais são exigidas habilidades “ligadas ao pensamento crítico, à responsabilidade e ao comprometimento”, mais difíceis de serem substituídas pela inteligência artificial.