Webinário reúne jovens para debate sobre a experiência de estudar na pandemia
Encontro promovido pelo Instituto Unibanco contou com a participação de estudantes do Ensino Médio e universitários
No dia 26 de maio, o Instituto Unibanco realizou o webinário “Seguindo os Estudos na
Pandemia”, que reuniu jovens estudantes do Ensino Médio e Universitários para falar sobre
suas experiências de estudo durante a pandemia. São eles: Alessandro Ribeiro Santos Filho,
estudante do 2º. ano Ensino Médio no Piauí; Raissa Gomes dos Santos Leite, estudante do 1º.
ano Ensino Médio Técnico Integrado em Goiás; Nicolle Jordana Dias Ferreira, estudante de
Ciências Sociais na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e Paulo Victor Coresma
Menezes, estudante de Economia na Universidade Federal do Ceará (UFC). Com transmissão
ao vivo e tradução em libras, o evento teve abertura de Tiago Borba, gerente de Planejamento
e Articulação do Instituto Unibanco, e mediação de Gabriel Medina, gestor de Implementação
no Instituto Unibanco.
Na abertura, Tiago falou sobre a importância de refletir sobre os caminhos para um novo
modelo de educação para os jovens e também da reorganização do Ensino Médio.
“A gente busca discutir as estratégias e soluções emergenciais para a recuperação da aprendizagem e
do vínculo dos estudantes com a escola nesse contexto de pandemia, do ensino remoto, à
distância. Isso, sem perder de vista os desafios das agendas estruturais da educação no país”,
explicou.
Em seguida, Medina destacou os desafios enfrentados por estudantes em todo o país.
“Foi uma experiência bastante difícil para o Brasil todo. E, sem dúvida alguma, os estudantes
também enfrentaram diversas questões que precisam ser dialogadas para que a gente possa
aperfeiçoar os métodos de educação remota, de ensino híbrido, e para planejar bem o retorno
às aulas onde está sendo planejado”, afirmou, convidando os estudantes para participarem do
debate, contando suas experiências, aprendizados e desafios.
A jovem Raissa, de Goiás, falou sobre a transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio
em um período de pandemia e o quanto isso a impactou.
“Eu entrei no Ensino Médio totalmente em quarentena, online. Foi uma transição difícil, colégio novo, juntamente com o curso técnico. Achei que no começo ia ser bastante difícil aprender as matérias”, disse.
No entanto, para ela, mesmo com os desafios impostos pela pandemia, existem muitos aspectos
positivos em sua trajetória. Como representante de turma e cursando um técnico em
informática, ela afirma que é muito significativo poder, como mulher, representar a turma que
a elegeu para esse cargo e estudar em um colégio que oferece essa modalidade de estudo
integrado.
Para Alessandro, que cursa o 2º. ano Ensino Médio no Piauí, esse período também tem sido
difícil. Ele acredita que antes, por ter mais contato com os professores e poder sempre estar
envolvido em discussões, o aprendizado acontecia de forma mais rápida e sadia.
“Agora, no tempo do ensino remoto, é muito difícil. Mas com a ajuda dos professores a gente vem se
destacando e aprendendo. A questão é que é uma situação nova, mas acho que isso viria a
acontecer em qualquer momento. Infelizmente foi dessa forma, por conta da pandemia, mas
estamos postos a aprender e continuar se dedicando”, explicou.
Na sequência, Paulo Victor, do Ceará, contou um pouco da sua experiência no Ensino Médio
como o primeiro estudante com deficiência visual em sua escola. Ele definiu a experiência
como interessante.
“Eu tive uma reunião no meu primeiro dia de aula com todos os professores para falar um pouco sobre deficiência, sobre o que poderia ser feito. E é muito
interessante esse tema da pandemia, porque de certa forma ela ajudou e atrapalhou a vida,
não só do deficiente visual, como dos estudantes em geral. Ter coisas digitalizadas, passadas
em PDF, ajuda muito, tanto a pessoa com deficiência visual, que precisa desse tipo de material,
mas também para as pessoas que não têm nenhum tipo de impedimento”, afirmou.
Hoje, Paulo estuda ciências econômicas na Universidade Federal do Ceará e sonha em ser professor.
Quem também tem esse sonho é Nicolle, que hoje cursa Ciências Sociais na Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela contou que suas primeiras referências sempre foram os
professores. E destacou que o professor de sociologia de sua escola foi sua maior motivação
para o que estuda atualmente.
“Eu espero um dia fazer para outros jovens o que os professores fizeram por mim. Porque eu sei que se não fossem eles, eu não estaria aqui e eu
não teria planos que envolvessem a educação e a vida de outras pessoas. Então eu quero
poder retribuir de alguma forma para a sociedade tudo o que eu recebi e eu recebi muito,
muita coisa boa”, finalizou.
Para assistir ao webinário Seguindo os Estudos na Pandemia acesse: https://youtu.be/Mhqm2vd3T3E
Perda de aprendizagem na pandemia
No dia 2 de junho, às 16h, o próximo encontro do Ciclo de Webinários Educação para
Juventudes discutirá a Perda de aprendizagem na pandemia e contará com a apresentação do
estudo de mesmo nome, fruto de uma parceria entre Instituto Unibanco e Insper. Com
abertura de Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco, o evento
terá a apresentação do economista Ricardo Paes de Barros, líder do estudo e professor do
Insper, e comentários de Alexandre Schneider, Presidente do Instituto Singularidades, Lina
Kátia de Oliveira, do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed); e Vitor de
Angelo, Secretário de Educação do ES e Presidente do Consed. A mediação será de Paula
Penko, coordenadora do Conhecimento do Instituto Unibanco. Com tradução em libras, o
encontro será transmitido ao vivo pelo canal do Instituto no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=-uufV9DajJ4