Jovens soltam o verbo em roda de conversa realizada em parceria com a rádio CBN
O Instituto Unibanco em parceria com a Rádio CBN promoveu no dia 13 de outubro uma roda de conversa chamada Solta o Verbo com 10 estudantes do Ensino Médio, de sete estados diferentes, para debater temas relevantes para a juventude como projeto de vida, segurança e equidade. O encontro aconteceu em São Paulo, na Casa Samambaia, na Vila Madalena.
A partir deste debate, a CBN irá produzir quatro episódios do Solta o Verbo que serão transmitidos pela rádio durante os finais de semana do mês de novembro com as temáticas discutidas na roda.
A troca de experiências foi rica em grande parte pela diversidade de contexto dos jovens, o grupo contou com estudantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará, Pará, Piauí e Espírito Santo.
Durante as discussões, o tema da equidade de gênero ganhou bastante espaço. Para a estudante capixaba do 1º ano do Ensino Médio, Lorena João Daniel, de 15 anos, as meninas são mais estimuladas a seguir carreiras de humanas, enquanto os meninos são instigados às de exatas. “Na hora de escolher o curso superior, a gente fica indeciso. Quando eu converso com as pessoas, sempre me indicam área de humanas. E se eu não quiser? Era para ser normal uma mulher querer ser engenheira ou uma general do exército”, pontuou.
“Qualquer cultura que não nos dê liberdade de escolher para onde ir está nos oprimindo. Se eu quiser fazer psicologia, odontologia ou mesmo trabalhar em uma creche, as pessoas vão estranhar. Acham que são profissões de mulher”, disse Jordan Campos da Costa, de 18 anos, estudante do 3ª ano no Rio de Janeiro.
O papo seguiu trazendo elementos da expectativa dos familiares sobre as futuras carreiras dos jovens e como eles influenciam as escolhas. Alguns estudantes, como Francisco Jefferson Marcos Duarte, de 17 anos, que cursa o 3º ano no Ceará, têm em casa o apoio pleno dos pais independente da profissão escolhida.
Gabriel Ferreira da Silva, de 17 anos, estudante do 3º ano em Goiás, destacou que a pressão da família é motivada por uma preocupação com a estabilidade financeira dos filhos. “Muitas cobranças acontecem porque não querem que escolhamos carreiras que não dão muito dinheiro”.