Eventos realizados em parceria com o Instituto Unibanco em Belo Horizonte receberam 863 Inspetores Escolares

Secretário Estadual de Educação de Minas Gerais, Igor Alvarenga, destaca a importância da elaboração do Plano de Ação de cada escola na abertura do encontro

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) realizou nos dias 8, 9, 15 e 16 de março as Oficinas de Planejamento para Inspetores Escolares da rede estadual de educação. Promovidas em parceria com o Instituto Unibanco e com a facilitação da Comunidade Educativa – Cedac, as atividades fazem parte das formações do programa Jovem de Futuro, que integra o Gestão pela Aprendizagem.

Com a participação de 863 inspetores das Superintendências Regionais de Ensino (SREs) dos polos Norte, Vale do Aço, Sul, Central, Mata e Triângulo Mineiro, os encontros tiveram como foco discutir o impacto do planejamento na gestão escolar e a sua importância para a garantia da aprendizagem. Para tanto, contaram com atividades de apoio aos participantes na análise dos planos de ação das escolas e no processo de devolutiva desses materiais aos gestores. Assim, os inspetores poderão contribuir para uma melhor execução das ações, com vistas ao aumento da aprendizagem dos estudantes de Ensino Médio e, por consequência, à melhoria da educação pública mineira.

Em sua fala, o secretário de Estado de Educação, Igor Alvarenga, abordou diversos avanços, como o lançamento, no início do ano, do Mapa Estratégico, ferramenta de planejamento da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais que serve como guia para as ações de toda a rede. Além disso, destacou a importância da elaboração cuidadosa do Plano de Ação de cada escola: “o gestor precisa ter esse olhar de criatividade, de montar o seu planejamento, para que não gere retrabalho”. Ele lembrou que, além de ser fundamental para a organização das unidades, a execução do planejamento será cobrada pela Secretaria. “Ele [o gestor] vai ver que no Caderno Pedagógico está escrito ‘realizar Conselho de Classe’, e a Secretaria vai cobrar. Orientou, vai monitorar e vai cobrar. Então, o diretor precisa colocar no plano de ação: ‘Garantir para que o Conselho de Classe seja feito todo final de trimestre’”.

Gustavo Lopes Pedroso, subsecretário de Articulação Educacional da SEE/MG, explicou melhor a função do Mapa. “Temos uma grande novidade para o Jovem de Futuro neste ano, porque, agora, conseguimos aliar todos os protocolos e objetivos à estratégia da Secretaria, por meio do Mapa Estratégico. Isso pode ajudar a organizar o volume e a priorização de demandas. Então, esse momento de planejamento é fundamental”. Gustavo ressaltou ainda a importância dos inspetores no apoio aos diretores, com foco na melhoria da gestão. “Não adianta só termos dinheiro na escola para mudar a realidade. Precisamos de um gestor que tire o melhor de cada um de seus servidores. Por isso, a ajuda dos inspetores às escolas é tão importante, para que consigamos melhorar a gestão e as escolas”, completou.

João Sávio de Melo, inspetor da Superintendência de Divinópolis que acompanha o Jovem de Futuro desde 2019, afirmou que o programa vem apresentando melhorias tanto nos materiais utilizados, como nas formações, e ressaltou que a oficina trouxe mais segurança para que os inspetores possam realizar seu trabalho nas escolas.  Segundo ele, o Mapa Estratégico, mencionado pelo Secretário e pelo Subsecretário, é extremamente importante: “A gente tem esse Mapa como um norte para dar sequência às nossas atividades no dia a dia nas escolas. Um inspetor tem muitas atribuições de todos os setores da Superintendência, como contagem de tempo, parte pedagógica, administrativa, patrimônio, tudo da escola. Com o Mapa, já está sistematizado para nós um foco, uma sequência para o trabalho com a equipe gestora também”.

Para Luciene Fernandes Pereira, coordenadora de Inspeção da Superintendência de Sete Lagoas, o Jovem de Futuro e os planos de ação levaram os gestores a sistematizarem o trabalho que já realizavam: “Muita coisa a gente já fazia, mas elas ficavam meio soltas. Então, tivemos que encontrar uma forma de sistematizar esse processo e ter uma proximidade maior com as escolas”. Ela também elogiou o conteúdo das oficinas: “Como a gente está focando muito na questão do planejamento, temos uma oportunidade de discutir sobre as devolutivas que vamos fazer dos planos de ação das escolas, uma oportunidade de [ter um momento] mão na massa mesmo, casando com o que a gente vai ter de fazer assim que retornar para a Superintendência”.

Esse caráter “mão na massa” das oficinas ajuda a otimizar as entregas necessárias para o avanço da gestão da educação mineira. Segundo Aline Andrade, coordenadora de Implementação de Programas e Projetos Educacionais do Instituto Unibanco, “investir tempo no planejamento é ganhar não só tempo, mas eficiência, eficácia; é não perder o propósito daquilo que se quer alcançar”. “O que a gente quer é que toda essa reflexão, esse diagnóstico, esteja em função da razão principal das escolas, das regionais, que é garantir a qualidade das práticas de ensino/aprendizagem, principalmente o direito de os estudantes terem garantida a sua aprendizagem, o seu acesso a uma educação de qualidade”, explicou.

Gestão pela Aprendizagem

A implementação do Jovem de Futuro no estado se dá no âmbito do programa Gestão pela Aprendizagem, desenvolvido pela SEE-MG, e tem como foco o combate ao abandono, à evasão escolar, à redução das desigualdades educacionais e a melhoria da aprendizagem dos estudantes por meio da gestão.

Dividido em etapas, o Gestão pela Aprendizagem teve início em 2019, com a inclusão de 1.343 unidades de ensino de 24 SREs no programa. Na segunda e atual fase, são contempladas 35 SREs, chegando ao total de 1.971 escolas beneficiadas. A previsão é de que todas as escolas de Ensino Médio da rede estadual sejam contempladas até 2024.

Além das oficinas, as equipes de todas as 35 SREs integrantes do Jovem de Futuro participam frequentemente de webinários e outras formações sobre as etapas do Circuito de Gestão, metodologia utilizada para planejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações de melhoria.