Resultado de uma parceria entre Instituto Unibanco, Juventudes do Agora e Mapa Educação, iniciativa tem o objetivo de colocar a visão dos jovens nos debates sobre planos nacionais de educação

O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) se reuniu em novembro, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio) para, entre outras pautas, lançar o “Caderno Juventudes no Plano”, Fruto de uma parceria entre Instituto Unibanco, Juventudes do Agora e Mapa Educação, a iniciativa reuniu cerca de 80 jovens de todas as partes do Brasil durante mais de 60 horas de formação intensiva para produzir um documento que reúne as propostas dos jovens para políticas públicas relacionadas ao Plano Nacional de Educação e ao Plano Nacional de Juventude. O objetivo é colocar as propostas dos jovens no centro dos debates sobre políticas públicas educacionais.

“Com  a revisão do Plano Nacional da Educação (PNE) e a construção do primeiro Plano Nacional de Juventude procuramos inserir o jovem nesse processo e ouvi-lo, não só na identificação das suas principais necessidades, mas também na proposta de soluções”, explica Rodrigo Vanderlei, diretor executivo do Mapa Educação e secretário geral do Conjuve.

As propostas foram reunidas em um documento com sugestões dos jovens para os planos nacionais em 10 eixos: Participação e Engajamento Juvenil; Educação, Juventudes e Clima; Educação Financeira, Empregabilidade e Mundo do Trabalho; Metodologia e Qualidade de Ensino; Gestão Educacional e Orçamento; Acesso ao Ensino Superior; Diversidade e Inclusão; Educação Sexual; e Evasão e Abandono Escolar.

O lançamento contou com a participação de representantes do Ministério da Educação, da Cultura e da Fazenda, e o projeto Juventudes no Plano foi apresentado por duas jovens, lideranças do Mapa Educação e que foram impactadas diretamente pelo processo, as cariocas Dianna Yara e Ester Borges.

“O projeto Juventudes no Plano foi essencial para mim. Acabei de me formar em Pedagogia e o projeto foi o tema do meu TCC, onde falei sobre a construção do Plano Regional de Educação (PRE) e nossa avaliação referente a orçamento público para a juventude. Foi fundamental conversar com jovens de todo Brasil, entendendo suas necessidades, territórios e diferenças culturais”, afirmou Dianna.

Ester, recém-formada no ensino médio, se inspirou no “Juventudes no Plano” para desenvolver seu próprio projeto. “Meu projeto foi apoiado pela Unesco e isso não seria possível sem o ‘Juventudes no Plano’. Existem muitos jovens que não conhecem seu potencial e não sabem como se inserir na área de políticas públicas voltadas para a própria juventude, por isso a importância do projeto”, completou.

O documento “Juventudes no Plano” será entregue a vários níveis de governo por meio dos jovens em suas localidades, do Mapa Educação e do Instituto Unibanco, para que o documento possa ser considerado na revisão do Plano Nacional da Educação (PNE), e na construção do primeiro Plano Nacional de Juventude.