Iniciativa busca contribuir para a ampliação da discussão sobre ensino híbrido e gestão na política educacional brasileira

No dia 5 de maio, o Instituto Unibanco realizou o webinário Ensino Híbrido: Aprendizagem ativa na interação entre estudantes e educadores, último encontro de uma série que buscou discutir ensino híbrido e gestão. Com transmissão ao vivo e tradução em libras, o evento teve como convidadas Lilian Bacich, diretora da Tríade Educacional e Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP); e Vagna Brito de Lima, coordenadora de Formação Docente e Educação a Distância da Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc-CE). A mediação foi de Jane Reolo, coordenadora de Soluções de Tecnologia do Instituto Unibanco.

Na abertura, Jane falou sobre as possibilidades de construção de uma cultura de uso das tecnologias com foco na aprendizagem, visando a humanização das relações, a equidade e a educação de qualidade para todas e todos. Ela destacou que o contexto pandêmico fez com que as tecnologias fossem utilizadas sem qualquer tipo de processo formativo. Apesar disso, para Jane, a situação gerou mais conhecimento sobre a tecnologia. “Como podemos utilizar esses aprendizados para aprimorar os processos formativos de forma mais autônoma e inovadora para os nossos educadores e educadoras? ”, questionou, convidando as palestrantes para o debate.

Vagna destacou a necessidade de compreensão do hibridismo como uma política cultural que tem por objetivo orientar para o desenvolvimento e transformar. E explicou que a construção das discussões sobre ensino híbrido já acontecem desde o fim do século XX, como uma demanda do campo educacional por inovação. Além disso, compartilhou ações, programas e projetos, tanto de suporte tecnológico quanto de formação continuada, como o caso do Centro de Educação a Distância (CED) no Ceará, que a partir de 2019 tornou-se a Coordenadoria de Formação Docente e Educação a Distância (CODED) e tem sua atuação focada na formação de professores e na ampliação de carga horária para os estudantes. “Em 2019, nós não sonhávamos passar por esse momento que estamos passando e que nos obrigou a fazer um uso ainda mais intenso dessas estratégias tecnológicas para apoiar a educação, mas nós já tínhamos essas iniciativas”, afirmou.

Por fim, Lilian Bacich destacou que o ensino híbrido não é sinônimo de ensino online, mas sim uma possibilidade de levar para a sala de aula presencial essa integração entre os recursos digitais e as relações que se estabelecem quando alunos e professores estão desconectados.  Para ela, somente a transmissão das aulas não constitui um ensino híbrido. É a partir das experiências que serão geradas quando os alunos trabalharem em grupo fora do ambiente digital, ou seja, aquilo que o estudante vai fazer a partir do que o digital oferece como recurso, que a hibridez na aprendizagem se constitui. “A gente usa os recursos digitais como ferramentas para gerar aprendizagem. Então, o papel do digital como instrumento que potencializa as aprendizagens é algo muito importante”, afirmou.

Para assistir ao webinário Ensino Híbrido: Aprendizagem ativa na interação entre estudantes e educadores acesse:

Políticas de Fortalecimento da Gestão Escolar

No dia 12 de maio, às 16h, o próximo encontro discutirá Políticas de Fortalecimento da Gestão Escolar e contará com o lançamento da Coleção Políticas Públicas em Educação. O evento terá participação de José Weinstein, diretor do Programa de Liderança Educacional na Universidad Diego Portales (UDP); Mozart Ramos Neves, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE); Professora Dorinha Seabra Rezende, Deputada Federal (DEM-TO); e de Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco. A mediação será de Mirela de Carvalho, gerente de Gestão do Conhecimento no Instituto Unibanco. Com tradução em libras, o encontro será transmitido ao vivo pelo canal do Instituto no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=vD1NsSx3qK4