Jovens e equipe do IU discutem o papel da escola no processo educativo
O currículo, a relação entre escola e as questões atuais da juventude, o direito e o acesso à educação, entre outros assuntos, foram temas de uma Roda de Conversa que reuniu onze jovens da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e São Paulo e a equipe do Instituto Unibanco (IU), na última quinta-feira (18), em São Paulo (SP).
Esta foi a primeira de uma série de ações do IU na agenda sobre Juventudes centrada na escuta de jovens, com o intuito de compreender como a escola se relaciona com os projetos e trajetórias de vida desse público.
Com idade entre 16 e 29 anos, eles desenvolveram sua trajetória escolar em escolas públicas, localizadas em áreas urbanas ou rurais. Ao longo da vida, assumiram um papel mobilizador e articulador na comunidade onde vivem.
“Como a educação de qualidade pode ser para todos? Nem sempre depende só de querer, porque, querer, todos os outros querem também. Então, por que a gente que vem da periferia não entra em Medicina e entra em Letras?”, questiona Jenair Alves, 29 anos, articuladora local do Plano Nacional de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra em Natal (RN).
Entre os inúmeros questionamentos disparados na Roda, Rodrigo “Dodô”, morador da Cidade Tiradentes (SP) e integrante do coletivo MobJovem, apontou sua resposta: “o que queremos da escola talvez seja que ela mostre que é possível a gente ver o mundo por si próprio”, afirmou.
O superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, provocou novas reflexões sobre a escola na contemporaneidade. “Em um mundo em que os espaços de socialização se dão fora da escola e que, não raro, distancia-se do território e do seu público, é possível que se crie caminhos em que haja possibilidade de encontros para aproximarmos o mundo da escola do mundo dos jovens?”, indagou, destacando a importância da escuta nesse processo.