50 anos da Conferência de Estocolmo: educação ambiental nas escolas é pensar no futuro
Comemoramos nesta semana os 50 anos da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, popularmente conhecida como Conferência de Estocolmo na Suécia em 1972. Ela foi o primeiro evento global para discutir questões ambientais e é considerada um marco na história mundial.
Desde então, as políticas públicas sobre a preservação do meio ambiente e o combate aos desastres naturais foram crescendo cada vez mais, mesmo que ainda a lentos passos. Aqui no Brasil foi criada a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), Lei nº 9.795, sancionada em 27 de abril de 1999 com o objetivo de estimular a conscientização pública sobre a importância da educação para a proteção do meio ambiente.
Nessa lei, a educação é citada como uma das principais formas de conscientização e determina que o tema deve estar presente em todos os níveis do ensino brasileiro, tornando-se um direito do cidadão. Com isso, a inserção de questões ambientais pode alcançar bons resultados na preparação dos jovens para o futuro.
Importância da educação ambiental nas escolas
Aprender sobre a relevância da preservação do meio ambiente é fundamental para o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes e mais responsáveis. Conhecer esses aprendizados desde os primeiros anos é importante para que essa área do conhecimento se fortaleça cada vez mais entre os estudantes. E o melhor, é uma metodologia de ensino integrada e contínua, sendo possível aplicar a interdisciplinaridade e noções práticas.
Por meio da educação ambiental os estudantes podem ter o primeiro contato com a natureza, explorar lugares abertos em atividades práticas e até se envolver com projetos que tenham como finalidade algum tipo de solução para questões ambientais. Ao integrar conhecimentos de diferentes áreas, como biologia, química, geografia e sociologia, por exemplo, o tema pode ser tratado de diferentes pontos de vista. O conceito de meio ambiente é amplo e sua abordagem inclui desde a consciência sobre o espaço físico, as relações entre os seres vivos e os diferentes ecossistemas, até a intervenção humana sobre eles e a forma como as sociedades em cada cultura convivem com o meio em que habitam.
Por fim, é possível entender esses aprendizados como uma ótima ferramenta de engajamento, pois os alunos podem levar os conhecimentos para a vida e inclusive compartilhá-los com outras pessoas de sua comunidade no sentido de ampliar o debate.
Um exemplo de aplicação do tema foi a ação interdisciplinar que aconteceu na E. E. E. F. M. São Luís (Santa Maria de Jetibá-ES), onde a professora Gessela Byanka Meireles e duas estudantes contaram como a escola passou a abordar questões ambientais de forma mais crítica através de uma pesquisa de campo. A partir dessa ação, os estudantes produziram textos, cartazes, músicas e manifestações artísticas que tratavam os temas estudados no projeto. Essa é mais uma evidência de que a escola e a comunidade juntas podem fazer toda a diferença no pensar da educação ambiental.
Para conhecer mais ações inspiradoras como essa, é só acessar o Banco de Soluções do Observatório de Educação, a plataforma do Instituto Unibanco que oferece diversos conteúdos sobre o Ensino Médio e a gestão em educação pública.