Formação técnica e profissionalizante: como incentivar os jovens
Com o objetivo de formar novos profissionais, o Ensino Médio integrado ao Ensino Técnico vem conquistando cada vez mais os estudantes. Por meio dele as chances de terminar os estudos tendo um emprego aumentam, uma vez que os alunos saem da escola com uma formação adicional no currículo.
No Ensino Técnico, os estudantes contam com uma grade diferenciada – além das disciplinas tradicionais do Ensino Médio, existem as aulas teóricas e práticas na área em que o estudante optou em se especializar. Aqui no Brasil é possível encontrar esse modelo de ensino em escolas públicas e institutos federais, que oferecem diversas opções de cursos técnicos.
Quais ações de incentivo podem ser feitas e por que elas são importantes?
Segundo uma pesquisa feita pelo Itaú Educação e Trabalho e pela Fundação Roberto Marinho, 77% dos jovens desconheciam o Ensino Técnico em 2021. Foram ouvidos 1.000 estudantes, de 14 a 17 anos, que cursavam o 9º ano do Ensino Fundamental e o 1º ano do Ensino Médio na rede pública em todo o país. Ou seja, esse percentual pode ser considerado como um grande alerta para pensar no assunto.
Primeiramente é importante que os estudantes tenham acesso à informação para que conheçam o Ensino Técnico, saibam como acessá-lo e quais caminhos devem seguir para se decidir por uma área. Sabemos que esse é um desafio para a educação, mas com pequenas atitudes é possível melhorar esse cenário. A exemplo disso, a escola pode expandir a sala de aula promovendo não só aulas específicas para a apresentação do assunto, como também providenciando palestras e debates com profissionais das áreas nas quais são oferecidos cursos técnicos como forma de incentivo à procura por eles.
Ações como essas são importantes considerando um dos objetivos do Plano Nacional da Educação (PNE), ou seja, de ampliar a educação profissional técnica, triplicando o número de matrículas em dez anos. Um argumento a favor do plano é que, para as redes que já contam com algum formato de ensino profissionalizante, a adoção dos novos itinerários formativos da BNCC seria facilitada. No entanto, o projeto recebe críticas de especialistas que justificam, entre outras causas, sobre a falta de infraestrutura nas redes estaduais. Leia mais sobre esse debate e conheça o exemplo de Estados como Ceará e Piauí, que possuem percentuais elevados de escolas profissionalizantes integradas ao Ensino Médio, acessando o Boletim Aprendizagem em Foco nº 69.
E para conhecer ações inspiradoras de melhoria do ensino público, acesse o Banco de Soluções do Observatório de Educação, a plataforma do Instituto Unibanco que oferece diversos conteúdos sobre o Ensino Médio e a gestão em educação pública.