Gamificação na educação: como aumentar o engajamento dos alunos
Com o passar do tempo e o avanço das tecnologias, as novas gerações já nascem inseridas no meio digital, onde a tecnologia já faz parte de suas rotinas nos seus primeiros anos de vida. O que pode parecer um perigo para o seu desenvolvimento pode ser usado também para benefício, como no caso da gamificação na educação.
Criado na Inglaterra em 2002 pelo programador e desenvolvedor de jogos Nick Pelling, o termo gamificação pode ser definido como o uso de estratégias de jogos nas atividades cotidianas, tendo como principal objetivo o aumento do engajamento dos participantes no contexto de aprendizagem. Além disso, pode ser considerada uma maneira interessante de resolver problemas usando suas características de jogo.
Na educação, a gamificação é cada vez mais vista nas salas de aula e se usada de forma lúdica, estimula a aprendizagem do aluno bem como a diversão, tornando o processo bem prazeroso. Assim, os estudantes conseguem ter um desenvolvimento melhor até mesmo naquelas atividades mais difíceis através da assimilação com os elementos tradicionais de um jogo.
Sua utilização pode ser feita presencialmente, online ou de maneira híbrida, envolvendo diversas plataformas envolvendo elementos como sistema de pontos, competições e trabalho em equipe. É através da gamificação que os estudantes aprendem melhor, pois nela criam objetivos e realizações para alcançar, contribuindo para uma melhor assimilação de novas informações, novas habilidades e para que consigam pôr em prática os seus conhecimentos.
Como praticá-la em sala de aula
Sabemos que manter o engajamento dos alunos é um grande desafio para professores e gestores, então é preciso planejamento. Antes de mais nada, é importante conhecer bem os seus alunos, como faixa etária e sexo, mas também os principais gostos e assuntos de interesses. Com isso será possível entender cada perfil de jogador, bem como as regras e as recompensas deste jogo.
Os benefícios de uma educação gamificada chegam aos dois lados. Para os estudantes, há um melhor desenvolvimento na criatividade, autonomia além das habilidades socioemocionais. Já para os professores, é possível ter mais facilidade em segmentar os conteúdos que vão ser trabalhados.
Mesmo que a prática não dependa necessariamente do meio digital, ele pode facilitar ainda mais a usabilidade dessas técnicas, mas na realidade pode não ser tão animadora assim. Segundo a pesquisa TIC Educação 2019, as escolas públicas possuem em média apenas 23 computadores instalados, com apenas 18 funcionando. Esses que são utilizados por uma média de 800 alunos, o que acaba limitando esse tipo de atividade que pode proporcionar o primeiro contato com crianças e adolescentes ao mundo eletrônico. É preciso haja novas políticas públicas de investimento para que a tecnologia chegue e permaneça nas escolas públicas, sendo assim mais uma ferramenta de auxílio no ensino.
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