Instituto Unibanco e UNIperiferias lançam e-book “Pesquisadoras da Educação Básica: germinando ações e saberes nas escolas públicas periféricas”
Publicação reúne narrativas que discutem relações de raça e gênero no ensino público de territórios periféricos
O Instituto Unibanco e a UNIperiferias, iniciativa do Instituto Maria e João Aleixo (IMJA), acabam de disponibilizar para download o e-book “Pesquisadoras da Educação Básica: germinando ações e saberes nas escolas públicas periféricas”, resultado do 2º Edital Pesquisadoras da Educação Básica em periferias, que é fruto da parceria entre as organizações em 2019 e 2020. A obra reúne a produção de pesquisas de professores negros de escolas de periferias do Rio de Janeiro, considerando a dimensão étnico-racial e de gênero na escola, além de valorizar a escola pública como espaço de promoção da equidade na educação.
O e-book está disponível gratuitamente no Observatório de Educação – Ensino Médio e Gestão, do Instituto Unibanco. Com nove artigos acadêmicos, a proposta é repensar a educação sob a perspectiva do “paradigma da potência” e da redução das desigualdades. É uma coletânea rica e sistematizada de práticas educativas baseadas nas experiências e nas reflexões de professores negros de Literatura, Sociologia, História, Biologia, e Pedagogia, que trabalharam com os estudantes e outros segmentos da comunidade escolar a partir de narrativas formativas antirracistas e anti-homofóbicas, na educação infantil, ensino fundamental e médio, e na educação de jovens e adultos.
“Pensar a escola pública como potência reconfigura o espaço escolar e garante que sua força transformadora esteja a serviço de todas e todos os estudantes”, comenta Tiago Borba, gerente de planejamento e articulação institucional do instituto Unibanco. Para ele, superar os desafios recorrentes na Educação, agravados ainda mais pelo período de pandemia, “requer ouvir as periferias e enfrentar as desigualdades, principalmente aquelas que se constituem por meio do racismo histórico que se estabeleceu na sociedade brasileira”.
Neste segundo edital, as docentes-pesquisadoras buscaram redesenhar metodologias, atividades e recursos pedagógicos, contribuindo para inspirar e provocar no interior das escolas onde atuam o reconhecimento da potência das narrativas e trajetórias dos moradores das periferias, além do pertencimento étnico-racial e de gênero como instrumentos para enfrentar o racismo e promover transformação social.
Para Ana Beatriz Silva e Cléber Ribeiro, coordenadores do Edital no IMJA, a coletânea traz possibilidades de se repensar a educação.
“O livro apresenta uma rica e sistematizada experiência de produções textuais de conhecimentos, por meio de narrativas formativas antirracistas e anti-homofóbicas que acreditamos ser a potência da escola pública periférica”, explica Ana Beatriz.
“Por meio de produções como esta, que mobilizam novos conceitos, temas, pensamentos e práxis sob a perspectiva do paradigma da potência, é possível provocar metodologias, didáticas e materiais escolares capazes de construir novos olhares, afetos, vivências e experiências educativas inovadoras”, completa Cleber.
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