No mês dos Direitos Humanos, o Instituto Unibanco destaca iniciativas que inspiram professores e gestores a ampliarem a cultura dos direitos fundamentais na escola

Capa do caderno “Diversidade e Discriminação”, da coleção “Cadernos do Respeitar”, disponível no site do projeto “Respeitar é Preciso!”, uma iniciativa do Instituto Vladimir Herzog

Neste mês de dezembro, em que comemoramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12), o Instituto Unibanco destaca ações inovadoras que nos inspiram cada vez mais a educar para os Direitos Humanos. São iniciativas de todo o País que mostram caminhos para a defesa dos direitos básicos de todas as pessoas, como o direito à vida, à liberdade, à segurança, à Justiça, à família, à liberdade de pensamento e de religião, ao trabalho, à Educação, à moradia e à saúde.

Centros de Educação em Direitos Humanos

O primeiro Centro de Educação em Direitos Humanos (CEDH) foi inaugurado em 2014, na zona leste da cidade de São Paulo, integrado ao Centro Educacional Unificado (CEU) São Rafael. Depois, mais três foram criados, nos CEUs Jardim Paulistano (zona norte), Pêra-marmelo (zona oeste) e Casablanca (zona sul). A ideia? Funcionar como polos permanentes de trabalho em cidadania e educação em Direitos Humanos, promovendo a valorização da diversidade e buscando formas de reduzir manifestações de discriminação de todas as naturezas.

Deu muito certo. Exemplo é a EMEF Jornalista Millôr Fernandes, criada em 2009, que vivia depredada e sob clima de violência. A história começou a mudar em 2014, quando a escola ingressou no CEDH do CEU Casa Blanca. A partir daí, projetos conjuntos, inclusive com oficinas de Comunicação em Direitos Humanos, passaram a envolver alunos, professores e a comunidade na transformação da escola. A história completa pode ser conferida nesta reportagem, do site “Periferia em Movimento”.

Mulheres Inspiradoras

A professora Gina Vieira, de Ceilândia (DF), foi o destaque do Brasil na primeira edição internacional do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos, em 2015, com o projeto “Mulheres Inspiradoras”, um trabalho de empoderamento de alunas por meio da literatura. Tratava-se de uma forma de incentivar a leitura e a escrita, ao mesmo tempo em que se buscava levar a reflexão sobre o fortalecimento da identidade feminina.

Em 2021, o governo do Distrito Federal decidiu incorporar o projeto como uma política pública de valorização de meninas e mulheres na rede pública de ensino estadual, passando oficialmente a integrar a formação continuada dos professores. Mais sobre o projeto aqui.

Mãos que falam

Em 2019, o vencedor da etapa brasileira do Prêmio Ibero-americano foi o projeto “Mãos que falam”, do Centro de Educação Infantil Municipal Aquarela, de Chapecó (SC). A iniciativa foi desenvolvida pelo professor de educação física Rudinei Albane, surdo, e pela TV INES, primeira TV da América Latina e única do Brasil a oferecer programação com atenção aos públicos surdos e ouvintes de forma integrada. Em seu trabalho, Rudinei conseguiu mobilizar a comunidade escolar para aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras), incluindo alunos, professores, coordenadores, merendeiras, porteiros, pais e mães. Mais sobre o projeto pode ser lido aqui.

Aula pública na capital paulista

O projeto “Aula Pública”, criado em 2016 por Paulo Magalhães, professor de geografia da Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, localizada no centro de São Paulo. A iniciativa, vencedora do Global Teacher Award 2021, nasceu da vontade do professor de fazer aulas diferentes, não confinadas à sala de aula. Por meio de excursões pela cidade, o projeto deu aos estudantes uma maior sensação de pertencimento à cidade, transformando também as famílias e a comunidade do entorno escolar. Com a pandemia, o professor buscou levar a cidade aos alunos, saindo sozinho pelo bairro para filmar as aulas e mandar aos alunos. Saiba mais sobre a iniciativa nesta reportagem.

Respeitar é Preciso!

Criado em 2014, o “Respeitar é Preciso!” é um projeto da área de educação do Instituto Vladimir Herzog e foi criado para disseminar a cultura de educação em direitos humanos nas escolas públicas, para a adoção do respeito mútuo e do respeito à diversidade, repudiando qualquer forma de violência no convívio escolar.

São feitas ações de formação presencial e online apoiadas em um conjunto de materiais inéditos. O foco é no convívio escolar e nas práticas de sala de aula, trabalhando transversalmente nas ações formativas, buscando promover a cultura de Educação em Direitos Humanos nas escolas. Confira aqui mais sobre a iniciativa e acesse os materiais disponíveis na íntegra para uso em sala de aula, no site do projeto.