Gestores educacionais participam de curso “Política Pública com Base em Evidência” no Espírito Santo
Realizado pela Secretaria da Educação do Espírito Santo e pelo Instituto Unibanco, encontro abordou a importância do uso de evidências como forma de melhorar os resultados da administração pública
A Secretaria da Educação do Espírito Santo (Sedu-ES), em parceria com o Instituto Unibanco, realizou o curso “Gestão da Política Pública com Base em Evidência” para gestores da rede estadual. O encontro aconteceu de 29 a 31 de março, na Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Professor Renato José da Costa Pacheco, em Vitória (ES).
Ministrado por Laura Muller Machado, professora do Insper/SP; e Ricardo Paes de Barros, professor titular da Cátedra do Instituto Ayrton Senna no Insper/SP e pesquisador do Centro de Pesquisa Transdisciplinar em Educação (CPTE), do Instituto Unibanco; o curso teve participação de subsecretários, gerentes e superintendentes de regionais da Sedu-ES. Os encontros trataram, de forma detalhada e com exemplos práticos, dos componentes básicos que devem ser considerados no uso de evidências na gestão pública, como definição e dimensão, mobilização, determinantes, soluções, justificativas, aprimoramento e certificação, contemplando todos os estágios do ciclo de uma política pública.
Segundo a especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental da Sedu-ES, Andrea Paoliello, “foram apresentados os diversos aspectos e razões para o uso de evidências, como, por exemplo, nas etapas de identificação e delimitação do problema que se pretende resolver, no diagnóstico e na identificação e engajamento dos atores-chave”. Como ela explica, a pandemia deixou grandes desafios, especialmente para a educação, mas, ao mesmo tempo, deixou à disposição dos gestores um volume enorme de dados, “que, quando bem utilizados, são uma importante ferramenta no enfrentamento das adversidades e no processo de tomada de decisão”. O curso veio também para fortalecer as formas de uso de dados, assim como atentar para os cuidados necessários no emprego de evidências.
Segurança e rapidez
A prática do uso de evidências na formulação das políticas públicas, segundo a especialista, aponta problemas e também soluções, o que permite mais assertividade e efetividade nas respostas que precisam ser dadas à sociedade. “Evita-se o fator intuitivo, proporcionando mais segurança e rapidez nas tomadas de decisão, uma análise concreta dos impactos dos empreendimentos sociais, uma alocação mais eficaz dos recursos, assim como maior transparência à gestão pública”, completa.
Realizado a pedido do secretário estadual de Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo, o curso apresentou ainda iniciativas no Brasil e do mundo na direção de institucionalizar o uso de evidência na política pública. Uma das palestrantes, a professora Laura Muller Machado, falou da iniciativa: “É um privilégio apoiar o aprofundamento da política pública baseada em evidência no estado do Espírito Santo”.
Prêmio Evidência e Troféu IMDS
Na segunda-feira (25), em Brasília (DF), o programa Jovem de Futuro, do Instituto Unibanco, conquistou o primeiro lugar do Prêmio Evidência e o Troféu IMDS-Mobilidade Social por sua atuação em parceria com a Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (Sedu-ES).
Promovido pelo Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para a África Lusófona e o Brasil (FGV EESP Clear), o Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o prêmio reconhece e divulga políticas públicas que fazem uso de evidências, além de valorizar a interação entre a pesquisa científica e a gestão de políticas públicas, nas três esferas de Governo. O troféu, por sua vez, gratifica iniciativas cujos objetivos e desenho propiciem o aumento da mobilidade social.
Para saber mais sobre a vitória, leia a reportagem “Programa Jovem de Futuro é grande vencedor do Prêmio Evidência e do Troféu IMDS”.